A Unimed Brasil está lançando uma tabela nacional da Lista de Preços de Mercado (LPM), cujos valores foram reajustados de forma inferior aos já praticados pelo mercado. "Estive com o presidente da Unimed Brasil, em São Paulo, e disse a ele que não conseguiria implantar uma tabela nacional em um país com o tamanho do nosso e com tantas dificuldades sócio econômicas", informou o presidente da Associação dos Hospitais do estado de Goiás (AHEG) e da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Adelvânio Francisco Morato. A nova tabela da Unimed já foi suspensa pela justiça em alguns estados, dentre eles Rio de Janeiro e Ceará.

A diretoria da AHEG, que se reuniu na sexta-feira (17/3) com a direção da Unimed Goiânia, a fim de achar uma solução para o problema, aguardava por um retorno da cooperativa até a data de hoje, 29 de março. "Como não houve uma resposta entendemos que devíamos seguir com as medidas legais necessárias", informou Morato. Desde o dia 17, os associados da AHEG foram orientados a faturarem os procedimentos de acordo com a tabela antiga.

"A base dessa ação é a falta de diálogo e a imposição unilateral dessa tabela, sem negociação, sem saber o que há de custo e mudar esse equilíbrio contratual. Também a parcialidade da Unimed Goiânia, que aplicou a tabela para um determinado grupo e não aplicou para os associados da AHEG", disse o assessor jurídico da AHEG, Leonardo Rocha. "A Unimed não pode fazer isso", reiterou.

O tesoureiro geral da associação, Fernando Honorato também criticou os critérios da Unimed Brasil para reajustar os valores. "Já que a tabela é nacional porque não nivelaram os preços pelo que é pago em São Paulo? Eles não podem pegar como referência a tabela mais baixa, já que é para unificar um país de realidades tão diversas", pontuou. A decisão de entrar judicialmente contra a Unimed Brasil, caso o retorno não fosse o esperado, foi aprovada por unanimidade em assembleia geral extraordinária realizada pela AHEG para tratar do assunto, no dia 27 de março.